Pisco


Pisco


O pisco é uma especial aguardente (brand), com muita personalidade, incolor ou com um ligeiro tom âmbar, com sabor muito forte, deve ter entre 42 e 52 graus de álcool, segundo o lugar de elaboração. É um destilado da fermentação da uva, da família do conhaque e o armanhaque. O pisco é original do Peru.A destilação como método para obter substância líquidas por avaliação é conhecida desde os inícios da civilização, mas recém no século XIII omeça a utilizar este método para produzir bebidas alcoólicas.Durante um período de quase 200 anos, entre os séculos XVI e XVII, ditarão medidas restritas por considerar a aguardente causa de vícios e delitos. Recém no século XVIII se liberta o conceito de produção e consumo.
O pisco é o mais crioulo licor de uva, sem dúvidas, o representante oficial do Peru, é veículo e identidade gastronômica peruana no âmbito internacional. O Pisco é a bebida da bandeira nacional. No mundo da gastronomia mundial, o pisco representa o Peru, o mesmo que a vodka a Rússia, a tequila o México e o rum o Caribe, etc...


Definição

O pisco é a água-ardente de uva peruana obtido da destilação dos caldos frescos de fermentação exclusiva do mosto da uva (suco de uva).
Origem do nome

O nome Pisco tem origem indiscutivelmente peruano tal como se pode verificar dos estudos realizados por lexicógrafos, cronistas e historiadores. Trata-se de um vocabulário pré-hispânico (quéchua) que significa “ave” ou “pássaro”.
As garrafas chamadas “piscos” ou “pisquillos” serviam para armazenar, transportar e embarcar o pisco puro de uva, A estas alturas compartem a mesma nomeação a água-ardente famosa, a garrafa que contém o porto pelo que se exporta.


Onde se Produz

As únicas zonas produtoras do Pisco são a costa dos departamentos de Lima, Ica, Arequipa, Moquegua e os vales de Loucumba, Sama e Caplina Del Departamento de Tacna no Peru.
Classes de Pisco

Puro - Elaborado de uvas não aromatizado quebranta negra corrente.Aromático - Elaborado com Uvas Itália e Moscatel que são aromáticas e existem subtipos como a Itália, Moscatel de Alejandria. Torontel ou Albilla.
Mosto Verde - Obtido da destilação de caldos imcomplamentares fermentados.
Acholado ou mistura - Proveniente da mistura de caldos de distintas variedades de uva.


História

Referente ao nome de Pisco nos inícios, quando as tribos conquistadoras baixaram da cordilheira até a costa, seguiram a rota do condor e por isso os levou a denominar a região que chegaram como Valle Del Cuntur, o condor. Este nome depois se generaliza ao Valle de los Pajaros e se voltam a singularizar em quéchua ao pássaro Pisco.
Ao final do século XV habitavam no Valle de rio chunchanga, hoje rio Pisco, a tribo dos chamados Piskos, vocábulo quéchua que significa pássaro – e que faz menção a grande quantidade de aves que vivem em suas costas. Os Piskos e os Icas eram parte da civilização Paracas.
Conjuntamente com os Piskos, a tribo dos Icas ou Ilicas foram reduzidos a princípios do século XVI na etapa de expansão, pelo Inca Pachacutec.
Os Piskos fabricavam muito antes da chegada dos espanhóis, grande quantidade de ceramios ou huacos que utilizavam principalmente para a chicha e diversas bebidas alcoólicas , se baseando em milho, etc...
As cerâmicas especiais que os continham, eram grandes e na forma cônica. Anos depois na época da conquista e desde as primeiras colheitas de vida, a extração dos mostos ou sucos de uva se depositaram nas vasilhas de barro que se haviam ordenado a tribo dos Piskos que foram grandes alfareros.
O historiador José Antônio Del Busto, nos conta que o primeiro comendador do Valle Del Pisco, onde havia um pequeno povoado, foi o conquistador Pedro Martin de Sicília, natural da aldeia de Don Benito em Extremadura.
Segundo o historiador Gilberto Vasquez Ângulo, durante a colônia os recipientes recebem o nome do pisco em referência a seus criadores e por extensão popular foi chamado Pisco, a água ardente que continha. As vasilhas, que estavam cobertas por inteiras com cera de abelha, se empregam para guardar, conservar e transportar a água-ardente de uva para sua venda fora desses confins refere Vasquez Ângulo

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Primeiras Referências

Cronistas como Guamãn Pomo de Ayala, Pedro Sarmiento de Gamboa, Fray Martim de Murua, Bernabé Cobo e Pedro Cieza de Leon acreditam na existência deste referente geográfico desde inícios da Colônia, destacando nos demais o cultivo da videira assim como a elaboração dos vinhos e água-ardentes na dita zona. Assim mesmo, Miguel Cabello de Balboa, em suas “Miscelaneas Antárticas”, escritas em 1586 menciona expressamente os vales de Ica, Yumay e Pisco ao descobrir a costa sul do Peru.
As primeiras notícias que se tem n Peru ao redor da elaboração da água-ardente de uva, se remontam no início do século XVIII. O renomado historiador peruano Lorenzo Huertas refere ao respeito:“Temos encontrado um documento de 1613 que indica a elaboração de água-ardente de uva em Ica. Essa seria uma das datas mais antigas que falam ao redor da elaboração da água-ardente no solo do Peru, se não na América.”O documento ao que alude Huertas é o testamento de Pedro Manuel, o grego, morador da cidade de Ica.

O Pisco nos dicionários

- Dicionário da Real Academia Espanhola: água-ardente fabricada originalmente em Pisco, lugar peruano.- Enciclopédia Britânica: “cidade Ica, ao Sudeste do Peru...conhecida pelo seu brandy feito de uvas moscatel”.


Lenda do Pisco Sour

Conta a lenda urbana que o radicional pisco sour peruano, que todos celebram pelo seu ótimo sabor, nasceu na quentura de um conhecido e tradicional bar localizado no centro histórico da cidade de Lima, no bar do Hotel Maury. Ali, em plena década de vinte, um engenheiro barman alemão combinou as forças do pisco e limão de angostura sobre a de ovo, xarope de goma e gelo e umas quantas gotas de angostura sobre a bebida final. O que obteve foi um trago de primeiro nível, fresco e jovial, que rapidamente se converteu em toda uma tradição peruana e com o tempo, em um aperitivo muito cortejado no mundo todo.

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